segunda-feira, 30 de abril de 2012

Plantas possuem memória e raciocínio

Plantas possuem memória e raciocínio

Experiência mostra que as folhas são capazes de se lembrar de eventos passados, aprender e trocar informações entre si.


Quem tem plantas em casa costuma tratá-las com carinho - existe até quem converse com as suas. Não é para tanto. Mas uma experiência feita pela Universidade de Varsóvia constatou que as plantas são mais sofisticadas do que parecem - elas têm formas primitivas de memória, raciocínio e aprendizado. Ou seja, inteligência. Os cientistas poloneses colocaram uma planta da espécie Arabidopsis thaliana (parente da mostarda) num ambiente escuro. Em seguida, um feixe de luz foi projetado sobre uma folha. Os cientistas descobriram que essa folha era capaz de enviar instruções para as demais - que, apesar de não estarem recebendo nenhuma luz, imediatamente começaram a se preparar para isso. As plantas também são capazes de se lembrar, por até 4 dias, quando foi que receberam luz pela última vez - e até a tonalidade exata dessa luz. Os cientistas supõem que as plantas usem essa informação para saber em qual época do ano estão. "Isso poderia ajudá-las a se preparar contra doenças típicas de cada estação", dizem os autores do estudo. A memória e a comunicação das folhas usam um sistema de enzimas, que são armazenadas e transportadas pela planta. É o mesmo princípio que permite que asplantas "conversem". Em 2007, cientistas holandeses descobriram que os indivíduos de uma espécie de trevo, o Trifolium repens, estão interconectados e alertam uns aos outros da presença de lagartas parasitas - ameaça à qual as plantas reagem deixando suas folhas mais duras e menos apetitosas.


Revista Super Interessante.

ko si ewe, ko si  Orixá, (sem folha não existe Orixá).
Preservar a natureza é preservar a cultura do candomblé.


Axé!

Mãe Luminaria de Yemanja Luminária

Folhas e Orixás

Folhas e Orixás

Folhas sagradas, Ewé Orò ou Folhas de Orô  como são chamadas as folhas, plantas, raízes, sementes e favas utilizadas nos preceitos e cerimônias para o candomblé.
As folhas são fundamentais para o povo do santo, sem ela é impossível realizar qualquer ritual.
Ko si ewe, ko si Orixá, (sem folha não existe Orixá).
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e nem todas servem para os rituais. O seu uso deve ser recomendado pela Yalorixá ou Babalorixá, pois só estes sabem a polaridade energética, "positiva ou negativa" de cada uma delas e a necessidade de cada indivíduo. Para sua utilização nos ritos, deve-se saber as Sasanha (cânticos específico para folha) e o Ofó (palavras sagradas) que despertam seu poder e força "axé". Ossaim é o grande Orixá das folhas, que por meio delas realiza curas, tras progresso e riqueza. são  nas folhas que está à cura para vários tipos de doenças, tanto do corpo como do espírito.
Ewe oro e Ewe Orixás são folhas sagradas pertinentes a cada terreiro, podendo variar de acordo com sua regência, são escolhidas ou herdadas de forma equilibrada, sendo na maioria das vezes oito tipos de folha "fixas" (Ewe Oro) e 8 tipos de folhas "variáveis" (Ewe Orixás), de acordo com o Orixá que se esteja trabalhando, em próximas postagens falarei das mais utilizadas pelo candomblé no Brasil.
No candomblé também temos as arvores sagradas que mantém o equilíbrio do mundo e nos ajudam  nos rituais fornecendo  muito do que precisamos no culto de Orixá, eu também vou postando materias sobre cada uma delas oportunamente as arvores sagradas para o candomblé entre outras são:

Iroko, Loko'tin 
Baobá, Mutê, Akapassa'tin
Ahoho; Akoko; Hunmatin 
Afzelia africana (Afzelia) 
Dehuama
Cabaceiro
Karité; Limu'tin, Wugo ou Kotoble; Akumolapa 
Dangbe, Dangbe-Ahoho, Maga'tin, Amaga'tin
Flamboyant 
Zan
 Detin; Ede; Igi Okpe
Jogbe 
Ayan; Anya'tin; Agnan
Ahowe'tin; Orogbo 
Gbanja; Golo; Obi Gbanjà
Ahwa'tin
Kpaklesi; Hunkpasle; Ologun Sese 
Kpatimawiniwini ou Yovokpa'tin; Ewe Igbale ou Ewe Oyibo
Akikon'tin; Igi Eyè, Iyéyé ou Okika
Agon'tin; Agbon
Xè'tin)
Kininu'tin



Muito Axé e que Ossain sempre mostre e nos de as folhas certas.
Preservar a natureza é preservar a nossa cultura do Candomblé.


Mãe Luminária de Yemanja.

domingo, 29 de abril de 2012

"Convite especial para voarem como Águias"

Bom dia filhos, filhas e Amigos.

Estamos fechando bem Abril de 2012 e com certeza teremos um Maio de 2012 ainda melhor.

Para auxiliar nesse planejamento e conquista convido a todos para voarmos como "ÁGUIAS"



"Convite especial para voarem como Águias"


As atitudes da águia durante o vôo podem ser aplicadas em nossa própria vida!
“Deus dá força aos cansados e vigor aos fracos e desanimados. Até os jovens se cansam, até  os moços perdem as forças e caem de tanto cansaço, mas os que esperam no Senhor sempre renovam suas energias. Caminham e não perdem as forças. Correm e não se cansam, sobem voando como águias”.

Planejamento com base no voo das Águias.
Aproveite o dia de hoje para realizar o seu planejamento pessoal.

·         Meta – Saber exatamente o que se deseja alcançar
·         Estratégia – Definir a forma de atingir os objetivos.
·         Visão de longo alcance – Enxergar de longe o objetivo e os obstáculos.
·         Foco – Escolher exatamente um alvo.
·         Planejamento - Planejar o modo de chegar ao seu objetivo.
·         Preparação – Estar apto para a ação.
·         Concentração – Não se dispersar no momento de agir.
·         Paciência – Aguardar a hora certa.
·         Senso de oportunidade – Perceber o momento certo.
·         Agilidade – Agir com desembaraço, leveza e vivacidade.
·         Velocidade – Movimentar se com rapidez.
·         Preparo físico – Manter se em boa forma.
·         Força – Ter energia para enfrentar os momentos decisivos.
·         Técnica – Ter capacidade de atingir o objetivo com precisão.
·         Confiança – Acreditar em sua capacidade.
·         Determinação – Tentar de novo, caso a investida não dê certo.
·         Fator surpresa – Surpreender o alvo.
·         Ousadia – Aventurar se, sem medo de se expor.
·         Segurança – Viver e trabalhar de forma segura.
·         Responsabilidade – Cuidar da prole até que cada um saiba voar e se manter.

Nós temos muito dos atributos das águias.
Tenho certeza de que a lista acima nos permite vislumbrar a possibilidade de fazer vôos maiores do que temos feitos em nossa vida.
Se estivermos sintonizados com o entusiasmo e com a energia criadora, nós temos o poder de superar qualquer obstáculo para atingir o nosso ideal de vida.

Excelente planejamento e muito axé para vocês.
Tenham todos uma Maio de 2012 memorável.

Mãe Luminária de Yemanja



 Fonte desta matéria: O livro Voando como a Águia: Prof. Gretz

sábado, 28 de abril de 2012

A Lenda do Obi


A lenda do Obi
  
O Obi é um elemento muito importante no culto de Orixá. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu.

Sempre que fazemos um ebó, oferenda ou algo importante oferecemos um Obi aos Orixas.

o Obi é um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu consumo é sempre precedido por preces.

Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.

Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Exu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ), para entrarem em acordo sobre a situação ....

Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.

Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.

Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.

pós isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.

Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.

Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos

Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.

Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare,e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.

Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.
No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.

Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.

Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas.

Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.

Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.

Depois, ela começou a comer as nozes cruas.

Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.

Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.

Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.

Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.

Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo próprio Olodunmare e tinha duas peças.

Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente. A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.

A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimônia.

A próxima tinha cinco peças e incluiu Orixa-Nla.

A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.

A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.

Aiye então levou a noz de cola para a terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.

Ewá

Ewá




Ewá é a divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza, é considerada como a Rainha das mutações, das transformações orgânicas e inorgânicas. É o Orixá que transforma a água de seu estado liquido para o gasoso, gerando nuvens e chuvas.
Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando, às vezes, figuras de animais, de pessoas ou objetos, não nos importamos muito. Porém, ali está Ewá, Rainha da beleza, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste da atmosfera da Terá. Ewá é também o inicio da chuva, regida por sua mãe Nanã. Este  seu principal encantamento: o ciclo interminável  de transformação da água em seus diversos estado, incluindo o sólido. Ela, como todos os outros, está entre nos no cotidiano, convivendo e influenciando nosso comportamento, mexendo com nosso destino, gerando situações que vamos viver diariamente.
Ewá também esta ligada às transformações orgânicas e inorgânicas, que se sucedem no Planeta. É a mágica da transformação. Está ligada à mutação dos animais e vegetais. Ela é o desabrochar de um botão de rosa; é a lagarta que se transforma em borboleta; é a água que vira gelo e o gelo que vira água; faz  e desfaz, num verdadeiro  balé da Natureza.
Senhora do belo, Ewá é aquela que vai dar cor ao seres; torná-los bonitos, vivos, estimulando a sensibilidade; a fragilidade das coisas; a transformação das células, gerando o que há de mais lindo no mundo. É a deusa da beleza; é o sentimento de prazer pelo que é belo,; é o respeito pela maravilha que o mundo apresenta.
 A força natural Ewá é ligada também à alegria, dividindo com Vungi (Ibeji) a regência daquilo que se chama ou se tem como feliz. Está presente nas coisas e nos momentos alegres, que têm vida.
É também a divindade do canto; da música; dos sons da natureza, que enchem nossos ouvidos de alegria e contentamento. Está presente no canto dos pássaros; no correr dos rios; no barulho das folhas, sopradas ao vento; na queda da chuva; no assovio dos ventos; na música interpretada por uma criança, no choro do bebê, no canto mais que sagrado da mãe Natureza.
Ewá é a própria beleza. É o som que encanta. É o canto da alegria. É a transformação do mal para o bom. É a vida...

Filhos, filhas e amigos minhas desculpas pela falta de postagens ontem (27/04/12)

Bom dia Filhos, filhas e Amigos.


Minhas desculpas pela falta de postagens ontem...Estive em  atendimento dedicado a um filho.

Que graças aos Orixás foi de grande sucesso.

Hoje já estou de volta.

Ao dispor.

Muito Axe para todos vocês.

Mãe Luminária de Yemanja.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Equilíbrio da sua vida através dos Ebós


Equilíbrio da sua vida através dos Ebós
No Candomblé o que nos queremos como base  fundamental é o equilíbrio total e em todas as áreas do individuo (Físico, espiritual e mental), e utilizamos para isso os Ebós que são primeiramente identificados quanto a sua necessidade, tipos, formas e aplicações pelo jogo de búzios e assim  devem ser realizados na sequencia com cuidado por  Yalorixás ou Babalorixás experientes e de confiança para garantir oferendas certas, positivas e a correta redistribuição do Axé, mantendo o seu equilíbrio e força vital de forma sustentável e duradoura.

Ebós são oferendas feitas para Orixás, Odús e outras divindades para diversas finalidades, sejam elas feitas para resolver ou abrandar algum problema, sejam feitas em forma de agradecimento ou para agradar às divindades que se cultuam.
.Muito axé a todos.

Mãe Luminária de Yemanja.

Obá


Obá




Obá é um Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. As suas roupas são vermelhas e brancas, usa um escudo, uma espada e uma coroa de cobre.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas.
Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.
Obá é a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.
Obá filha de Iemanjá e Oxalá. Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protectora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Embora Obá se tenha transformado num rio, é uma deusa relacionada ao fogo.
Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o corolário inevitável do amor, portanto, Obá é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.
O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração, por isso dança sempre com a mãe esquerda apontando para o lado esquerdo na latura da orelha, poder genitor feminino, rainha em África da sociedade Elecô, onde homem não entra, as grandes amazonas de Oba. Oba não conhece a cabeça de homem.
Ligadas a Oxóssi pela caça e grande arqueira, ligada a Xangô através do fogo a luta pela vida.
Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, dedicar-se à guerra? Toda a energia das suas paixões frustradas é canalizada por ela para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada.
Obá troca um palácio por uma cabana, troca todas as riquezas do mundo por uma frase: “Eu te amo”.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ossain

Ossain



Divindade das folhas medicinais e liturgias. Detentor do axé (força, poder, vitalidade). Seu símbolo é uma vara de ferro com sete pontas dirigidas para cima, com a imagem de um pássaro na ponta central. Dono do segredo e das folhas é considerado o médico do candomblé.Sua importância é tão fundamental, que nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença. 
Ossain era o filho caçula de Iemanjá e Oxalá e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sendo sempre recebido com carinho pelo rei de cada tribo. Ele recebeu de Olodumaré o segredo das folhas; assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas.Os outros orixás invejavam o irmão, pois não tinham esse poder e dependiam de ossain para ter sucesso. Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento pelas curas que realizava.Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de Ossain, e por isso pediu a sua esposa Yansã, orixá que domina os ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas. Em meio à ventania, Ossain repetia sem parar: "eu, eu assa!", que significa "oh, folhas!". E com esse tipo de reza, embora cada orixá tenha se apossado de uma folha, Ossain evitou que seu poder fosse distribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essas palavras de maneira a conservar o poder sobre elas. Com sua sabedoria, ate hoje Ossain permanece o rei da floresta.

05 Boas Praticas para uma vida plena

05 Boas Praticas para uma vida plena

I)
Palavras puras:
No candomblé ao acordarmos, nunca falamos sem antes realizar a higiene da boca, pois sua palavra tem força e deve ser pura:
Já pensou desejar bom dia ou algo bom para alguém querido de boca "suja"?
Lembrem se: "Meus antepassados dormem na minha língua, digo palavras que nunca pensei..."

II)
Agradecimentos:
Primeiro agradeça e depois peça, aliais agradeça mais do que peça... Desta forma com o passar do tempo não será mais necessário pedir, você terá tudo o que precisar.
os melhores momentos para fazer suas orações e seus pedidos são ao acordar com a força do amanhecer para tudo acontecer rápido e bem e os agradecimentos antes de se deitar para que sua mente fixe o agradecimento e programe coisas boas.

III)
Boas Colheitas:
Tudo o que colhemos hoje foi fruto do que pensamos, planejamos e plantamos no passado ( mesmo que esse passado tenha sido minutos atrás).

IV)
Lei do retorno:
Tudo no universo tem a lei do retorno:
Só deseje ao outro o que gostaria de ter para voce.
Só de ao outro o seu melhor.
Quando receber algo ruim de alguém, pense esse é o melhor dessa pessoa, quem sabe ele não esteja precisando da sua ajuda?
Quando recebemos algo ruim de uma pessoa é nossa a escolha  aceitar ou não, pense sempre  assim: "O que isso ira interferir na minha vida daqui ha um ano, na maioria das vezes nada, nada mesmo", sendo assim não vale a pena ficar aborrecido.
so se aborreça pelo que realmente vale a pena e é real.

V)
Mudança de Vibração:
Mude a sua vibração agora:
Não diga palavras em vão.
Fale, programe  o que você quer de bom.
Sua palavra tem poder, use a com muita sabedoria.

Muito axé para todos vocês.

Mãe Luminária de Yemanja.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Xangô

Xangô




Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?

Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.

A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante de olhos tão grandes quanto potes de boca larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante que manda na savana, imponente, poderoso.

Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.

O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.

Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.

Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.
Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.

Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’ senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.
Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou. A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.

Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.

Dicas Simples para o seu Sucesso

Bom dia Filhos, Filhas e Amigos.

Hoje posto essas dicas simples para o seu sucesso, claro que teremos muitas outras dicas que irei postando, mas acho que essas realmente são simples, como tudo na vida, o problema é que gostamos de complicar não é mesmo?
Sendo assim lembrem se dessas dicas simples e planejem uma vida simples, plena, saudável e de sucesso.

Muito axé para todos.

Mãe Luminária de Yemanja.


Dicas Simples para o seu Sucesso

Segundas: Não se deve fazer pagamentos
               (Planeje, antecipe os seus pagamentos)
               Bom para fazer aplicações financeiras, receber dinheiro, presentes.

Terças: Bom para Negócios e Justiça.
           (A “balança ficara do lado dos justos)

Quartas: Dia dos Amigos
             Bom para reuniões, Entrevistas, recepções, encontros, viagens.

Quintas: Dia para transformar o que quiser.

Sextas:  Dia das Orações, “Abstinências”, pedidos especiais.
            (Bendito é o seu desejo, pois ele será realizado, mas cuidado com o que desejar, pois
            ele será atendido com a força da sua fè).

Sábados: Dia dos 03 Milagres, felicidade, saúde, dinheiro, amor, Harmonia...(Axé).

Domingos: Dia que não se deve “Morrer”, dia da Família, seja feliz.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Logunedé

Logunedé




Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Érinle. Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxóssi e seis meses nos rios pescando com Oxum. É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e Efan, sendo o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro e Bahia.
No entanto, existem outras versões acerca de sua filiação. Se na maioria dos mitos, Logunedé surge como filho de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco mais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. Há, ainda, histórias que contam a lenda de Logunedé como filho desses quatro Orixás, apresentando-o como nada mais, nada menos que uma representação dos Orixás Gêmeos, Ibeji.
Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se mesclam como mistério da criação, trata-se de um orixá que tem a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum à alegria, à expansão de Oxóssi. Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento.
Essa característica de unir o feminino de Oxum ao masculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a ser representado como uma criança, um menino pequeno ou adolescente, formando mais uma tríade sagrada na História das religiões. Com Logunedé, completa-se o triângulo iorubá pai, mãe e filho que também se repete nas trilogias católica (Pai, Mãe e Espírito Santo), egípcia (Ísis, Osíris e Hórus), hindu e tantas outras.
Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como um ser andrógino. Ao contrário do que muitos pensam, Logun Ede não é de características masculina e feminina, não é bissexual. Na verdade possui uma grande relação com Òsun, sua mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a personalidade desses dois Òrìsà e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um hermafrodita que durante seis meses é Oboró e seis meses Ìyábá como algumas pessoas assim o dizem e usam deste artifício para denotações homossexuais.
Existem templos para Logun Ede em Ilesa, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada a de um leopardo. Casado com três esposas. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto a Òsun, é um Orisa de extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecem junto aos assentos de Osun e sempre quando agradado devemos agradar sua mãe. Tem predileção ao dourado, é um Orisa muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orisas.
De Òsun, sua mãe, Logun Ede herdou o lado belo e vaidoso. Pois Òsun lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Deusa da fertilidade, na Nigéria é dela o rio que leva o seu nome e no Brasil dela são as águas doces dos lagos, fontes e rios. Água que mata a sede dos humanos e da terra, que assim se torna fecunda e fornece os alimentos essenciais à vida. Òsun menina dengosa, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Òsun é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. Com seus atributos, ela dribla os obstáculos para satisfazer seus desejos.
De Erinlé, seu pai, Herdou o dom da caça pois Erinlé é da família dos Ode e seu símbolo é o ofá, a lança de caça e o ogue. Erinlé é a representação do desenvolvimento do homem, conhece os segredos da caça, também símbolo de prosperidade e formação de comunidades. Ele busca o alimento com coragem e é considerado o guerreiro das matas, é corajoso, viril e Logun-odé tem estas características, é um Òrìsà guerreiro. Mas se, em várias tradições, ele é considerado um orixá masculino, em algumas é confundido com a homossexualidade ou a bissexualidade, o que ocorre quando se interpreta ao pé da letra o mito que afirma viver Logunedé seis meses como homem e seis meses como mulher. Na verdade, a interpretação mais aceita seria que essa se trata de uma metáfora para falar dos axés herdados por ele de seus pais, Oxum e Oxóssi.
Após ser abandonado e viver com Ogum, aprende com ele as artes da guerra e da metalurgia. É coroado por Iansã como o príncipe dos Orixás. É amigo íntimo de Yewá, seriam eles os Orixás que se complementam, considerados o par perfeito.
Num mito raro, Logunedé se perde no caminho entre as casas de Oxum e Oxóssi, é encontrado pelo velho Omolu que o ampara e protege. Com Omolu, Logunedé aprende a arte da cura e a feitiçaria. O seu primeiro nome, Logun, no Brasil se mesclou ao segundo, Edé, nome da cidade iorubá na qual o seu culto se fortaleceu, formando Logunedé. Logun pode ser uma abreviatura de Ologun que, em iorubá, quer dizer feiticeiro.
Então, feiticeiro, caçador, pescador, príncipe guerreiro, esses são alguns títulos, alguns epítetos dados à Logunedé. Para Mãe Menininha do Gantois, "Logun é santo menino que velho respeita".

Salve Ogum - São Jorge

Hoje é dia de São Jorge  ( 23 de Abril), no Sincretismo simboliza nosso Pai Ogum.

Envio minhas homenagens especiais para Pai Ogum.

Que Pai Ogum abra, guie e proteja os caminhos de vocês meus filhos, filhas e amigos

Salve São Jorge, Salve Ogum.

Axé

Mãe Luminária de Yemanja


Oração a São Jorge




Saudação a Ogum




Ògún pèlé o !
Ogum, eu te saúdo !
Ògún alákáyé,
Ogum, senhor do universo,
Osìn ímolè.
lider dos orixás.
Ògún alada méjì.
Ogum, dono de dois facões,
O fi òkan sán oko.
Usou um deles para preparar a horta
O fi òkan ye ona.
e o outro para abrir caminho.
Ojó Ògún ntòkè bò.
No dia em que Ogum vinha da montanha
Aso iná ló mu bora,
ao invés de roupa usou fogo para se cobrir.
Ewu ejè lówò.
E vestiu roupa de sangue.
Ògún edun olú irin.
Ogum, a divindade do ferro
Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn.
Orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes.
Ògún onire alagbara.
Ògún Onire, o poderoso.
A mu wodò,
O levamos para dentro do rio
Ògún si la omi Logboogba.
e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais.
Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Ogum é o dono dos cães e para ele sacrificamos.
Onílí ikú,
Ogum, senhor da morada da morte.
Olódèdè màríwò.
o interior de sua casa é enfeitado com màríwò.
Ògún olónà ola.
Ogum, senhor do caminho da prosperidade.
Ògún a gbeni ju oko riro lo,
Ogum, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantar
Ògún gbemi o.
Ogum, apoie-me
Bi o se gbe Akinoro.
do mesmo modo que apoiou Akinoro.






Musica: Domingo 23
Rita Ribeiro




Domingo 23, Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
Dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Imbatível ao extremo
Assim é Jorge
E salve Jorge viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho
E salve Jorge
E salve Jorge
Domingo 23, Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá 
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Assim é Jorge
E salve Jorge viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho